A tampa deve ser mantida nas tensões da Península Coreana

2024-01-09 09:00

Tanto Pyongyang como Seul têm boas razões para serem pessimistas quanto à perspectiva das relações inter-Coreias em 2024. A actual situação na península não permite o tipo de antecipações optimistas que geralmente acompanham o início de um novo ano.


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▲Bandeiras da ROK e da RPDC. [Foto fornecida para chinadaily.com.cn]


A troca de tiros de artilharia perto da disputada fronteira marítima da República Popular Democrática da Coreia e da República da Coreia, na sexta-feira e no sábado, marcou o regresso de uma animosidade mútua elevada e pode pressagiar uma nova escalada de atritos. É tentador desconsiderar a troca de tiros como sendo semelhante a incidentes anteriores, com a expectativa de que a situação esfriará em breve. Mas, tendo em conta as últimas mudanças na abordagem respectiva de Pyongyang e Seul aos laços bilaterais, isso pode muito bem ser uma ilusão.


Numa ruptura com a posição política de longa data do Partido dos Trabalhadores da Coreia, o líder da RPDC, Kim Jong-un, declarou na sessão plenária de alto nível do partido no final de 2023 que a República da Coreia deixaria de ser considerada uma contrapartida da reconciliação e da unificação. . A ROK seria doravante considerada um estado inimigo. A República da Coreia já reavivou a percepção de que a RPDC a abandonou durante algum tempo sob a administração anterior. E o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, anunciou em sua mensagem de Ano Novo o plano de Seul para concluir o estabelecimento de"dissuasão estendida"contra a ameaça da RPDC no âmbito da aliança Estados Unidos-Japão-ROK. Antes disso, ele havia ordenado que as tropas da linha de frente da Coreia do Sul respondessem ao fogo antes de reportarem no caso de qualquer provocação da RPDC.


A última troca de tiros de artilharia foi a primeira desde que Pyongyang anulou unilateralmente o acordo militar que os dois lados assinaram em 19 de setembro de 2018, sobre a prevenção de conflitos armados no mar. Com Pyongyang a renunciar abertamente ao objectivo de longa data da reunificação e a reiterar a realidade de que as duas Coreias estão em estado de guerra, a situação na península está a tornar-se cada vez mais frágil e perigosa. Dado que ambas as partes juraram adoptar uma abordagem mais dura em relação à outra, a escalada dos atritos é preocupante.


Dada a complexidade histórica das relações inter-Coreias, não será fácil acabar com a espiral de escalada sem que todas as partes interessadas trabalhem em conjunto, o que parece improvável neste momento. Mas o apelo de Pequim a todas as partes para que exerçam contenção será sempre aplicado."Diálogo significativo"entre Pyongyang e Seul poderá não ocorrer tão cedo com o atual nível de hostilidade. Mas outras partes interessadas na paz da Península deveriam instá-los a abster-se de novas tensões crescentes.


O actual padrão de relações peninsulares, caracterizado pela animosidade mútua e pela hostilidade crescente, é uma fórmula para o desastre se a tendência actual continuar.


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